Santiago Pontes, camocinense com alma filosófica e coração marítimo, entrega ao leitor em Concha Marinha uma obra de duplo mergulho: poesia e prosa entrelaçadas por um fio temático que atravessa toda a sua produção — o mar. Depois de Homem do Mar e Oceano de Mim, este livro, publicado de forma independente em 2023, reafirma o elemento marítimo como metáfora existencial, território de reflexão e espelho do eu.
segunda-feira, 23 de junho de 2025
Concha Marinha – Santiago Pontes e os abismos poéticos da existência
Santiago Pontes, camocinense com alma filosófica e coração marítimo, entrega ao leitor em Concha Marinha uma obra de duplo mergulho: poesia e prosa entrelaçadas por um fio temático que atravessa toda a sua produção — o mar. Depois de Homem do Mar e Oceano de Mim, este livro, publicado de forma independente em 2023, reafirma o elemento marítimo como metáfora existencial, território de reflexão e espelho do eu.
domingo, 22 de junho de 2025
Poemas Ébrios – Sousa Filho e a embriaguez consciente da palavra
Poemas Ébrios, do parnaibano Sousa Filho, é uma obra de travessias — de estilos, de vozes, de estados da alma. Com 139 páginas e publicação independente em 2024, o livro revela um poeta de múltiplos registros e intenções, que transita com naturalidade entre o lirismo apaixonado, o tom elegíaco, a sátira política e o existencialismo inquieto. Uma poesia que, mesmo ébria, sabe muito bem onde pisa.
Onde Estão Meus Girassóis? – Carvalho Filho e a delicadeza em tempestade
Onde Estão Meus Girassóis?, obra de estreia (em livro solo) do poeta parnaibano Carvalho Filho, publicada pela Editora Tremembé em 2022, é um livro que pulsa entre a técnica e a emoção, entre o clássico e o rebelde, entre o grito e o sussurro. Com 95 páginas que transbordam lirismo e inquietação, Carvalho revela-se um poeta de rigor formal e sensibilidade vibrante — um construtor de versos que respeita a métrica, sem abandonar a alma.
sábado, 31 de maio de 2025
Lançada a 4ª edição da Feira Literária de Barra Grande, em Cajueiro da Praia/PI
O lançamento da IV FLIBG – Feira literária de Barra Grande, na Villa dos Poetas Pousada, no povoado de Barra Grande/ Cajueiro da Praia/PI, na quinta feira(29), contou com a presença de autoridades, como a vice prefeita da cidade, Nathália Régia, Secretária de Cultura, Marília e a Secretária de Educação do município, Elivânia Damasceno além de professores/as, escritores e escritoras e representantes de parceiros do evento como a SEDUC /PI, SEBRAE, Sesc Caixeiral, IFPI/Parnaíba. Os homenageados desta edição, a escritora Sônia Terra, enviou mensagem de agradecimento e apoio a feira e o escritor homenageado Claucio Ciarlini, compareceu ao evento .
sábado, 17 de maio de 2025
A Borda do Mar de Riatla – Diego Mendes Sousa e a reinvenção lírica do ser
A Borda do Mar de Riatla é uma travessia mitopoética que funde a memória, o mar, o mito e o amor numa só correnteza. Diego Mendes Sousa, poeta piauiense de rara sensibilidade e vasto repertório estético, confirma nesta obra sua posição de herdeiro dos transgressores da língua — à maneira de Manoel de Barros —, mas com uma lírica de densidade única, mais épica, mais luminosa.
Resenha Literária: O Argonauta de Si Mesmo – F. Gerson Meneses e a viagem interior do poeta
Em O Argonauta de Si Mesmo, o poeta piauiense F. Gerson Meneses convida o leitor a lançar-se em uma travessia poética profundamente pessoal e universal. Inspirado na figura mitológica dos argonautas — os navegadores da embarcação Argo, liderados por Jasão na busca pelo Velocino de Ouro — Meneses assume o leme de uma jornada interior, onde o oceano é o próprio eu, e os poemas, as ilhas, vulcões e tempestades do inconsciente.
Análise do livro "A Preparação do Escritor" de Raimundo Carrero (Iluminuras, 2000)
segunda-feira, 21 de abril de 2025
Resenha Literária: Coleção Vozes do Piauí – Uma cartografia poética da diversidade
Mais do que uma reunião de textos, trata-se de um gesto político e poético: reunir autoras e autores de diferentes territórios e identidades para ecoarem, juntos, o que por muito tempo foi silenciado. Tal como nos versos de Torquato Neto — “a memória que suja a história que enferruja o que passou” —, essas vozes reconfiguram o passado e propõem novos significados ao presente, tornando o poema não um refúgio, mas uma intervenção no real.
Cada coletânea carrega o frescor e a densidade de narrativas poéticas que se entrelaçam, explorando temas como ancestralidade, pertencimento, resistência feminina, desigualdade social e a poética dos rios e das margens. São vozes que, como as de Torquato, H. Dobal ou Da Costa e Silva, não pedem licença para existir — ocupam, denunciam, encantam.
A pluralidade de estilos, que vai do verso livre ao metrificado, da prosa poética ao lirismo narrativo, revela não apenas a riqueza criativa do Piauí, mas a maturidade de um projeto literário que sabe ouvir e oferecer escuta. A força dessa coleção também reside na sua acessibilidade: exemplares distribuídos gratuitamente aos autores, escolas e às bibliotecas, num gesto de partilha que rompe com o elitismo editorial e insere a literatura no cotidiano das comunidades.
Aprovado pelo SIEC e patrocinado pelo Armazém Paraíba, o projeto destaca a urgência de se manter e ampliar os incentivos públicos à cultura. Sem tais políticas, muitas dessas vozes permaneceriam à margem. Vozes do Piauí mostra que a literatura, quando nasce do coletivo, é capaz de reinventar a memória, ampliar o pertencimento e transformar o silêncio em canto.
SILVA, Marcello. 2025
domingo, 13 de abril de 2025
Resenha Literária: Entre Gerações – Diálogos que atravessam o tempo
A coleção Entre Gerações é uma ponte construída com palavras, entre autores de diferentes idades, experiências e olhares, unidos por um propósito comum: fazer da literatura piauiense um espaço de encontro e continuidade. Idealizada por Claucio Ciarlinie José Luis de Carvalho em 2018, e composta por três volumes (Contos entre Gerações, Poemas entre Gerações e Crônicas entre Gerações), a série torna-se um marco editorial em Parnaíba e no Piauí, reunindo 78 autores numa verdadeira celebração da diversidade literária.
Desde nomes consagrados como Alcenor Candeira Filho e Elmar Carvalho, até jovens talentos que florescem nas margens da escrita, a coleção representa o espírito da coletividade, evocando a proposta do modernismo brasileiro que, em 1922, rompeu barreiras para dar espaço a novas vozes. A ideia de “gerações que conversam” lembra também o projeto Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século, organizado por Ítalo Moriconi, onde o tempo literário é menos uma linha cronológica e mais uma rede de afetos, influências e partilhas.
O primeiro volume, Contos entre Gerações, abre a trilogia com tramas diversas que mergulham na ficção e no cotidiano. O segundo, Poemas entre Gerações, lançado em meio à pandemia, resgata a lírica como resistência e ternura em tempos difíceis, mantendo viva a palavra mesmo no isolamento. Por fim, Crônicas entre Gerações encerra o ciclo com textos que oscilam entre a memória e o agora, construindo pontes emocionais com o leitor.
A culminância da coleção num evento coletivo, em dezembro de 2021, sintetiza seu verdadeiro sentido: não apenas publicar, mas reunir. Entre Gerações tornou-se um ato de eternizar ideias e vínculos — uma obra que, ao se inscrever na história da literatura piauiense, cumpre o papel maior da arte: deixar raízes para o futuro florescer.
Resenha Literária: Nau Lírica – Uma travessia de vozes e versos
Nau Lírica é mais que uma coletânea literária — é uma embarcação simbólica, um projeto de fôlego que conduz 75 autores por águas profundas de sentimentos, estilos e linguagens. Lançada em novembro de 2024, na Academia Parnaibana de Letras, e organizada pelo coletivo Piauí Poético, a obra é uma ode ao fazer literário colaborativo, à potência da diversidade e à força da escrita que nasce da margem para alcançar o oceano.
Resenha Literária: Letras de Amarração II – Literatura viva da Planície Litorânea
A obra Letras de Amarração II é mais que uma coletânea literária; é um manifesto de pertença, memória e continuidade. Neste segundo volume da série, quinze autores — oriundos de Luís Correia, ou que ali fincaram suas raízes — entregam ao leitor um mosaico de sentimentos, saberes e vivências, entrelaçados pela geografia simbólica da Amarração.