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domingo, 1 de setembro de 2024

As multifacetas artísticas de Heloísa H. M. De Miranda


Resenha Literária: "Poesia é Pintura - Poemas Ilustrados" de Heloísa Helena Mapurunga de Miranda

O livro "Poesia é Pintura - Poemas Ilustrados" da autora Heloísa Helena Mapurunga de Miranda é uma obra que entrelaça poesia e ilustração/pinturas, oferecendo ao leitor uma experiência rica e sensorial. Dividido em quatro capítulos distintos, o livro explora diferentes facetas da expressão poética e visual.

Capítulo 1. Livro dos Afetos

O primeiro capítulo, "Livro dos Afetos", é uma celebração da emoção e do sentimento. Nesta seção, a autora mergulha nas complexidades das relações humanas e nas nuances do amor, amizade e saudade. Os poemas são imbuídos de uma sensibilidade que parece dialogar diretamente com o leitor, enquanto as ilustrações complementam e amplificam a carga emocional das palavras. O uso de imagens visuais proporciona uma dimensão adicional, permitindo que os sentimentos evocativos ganhem vida de maneira ainda mais vívida.



Capítulo 2. Livro das Considerações

No "Livro das Considerações", o foco se desloca para reflexões mais profundas e filosóficas. Aqui, os poemas abordam temas universais e existenciais, explorando a natureza da vida, a busca por significado e a introspecção. A linguagem poética é ao mesmo tempo incisiva e contemplativa, incentivando o leitor a ponderar sobre questões maiores. As ilustrações nesta seção muitas vezes têm um caráter mais abstrato, refletindo a profundidade e a complexidade dos pensamentos abordados.

Capítulo 3. Livro das Viagens

O terceiro capítulo, "Livro das Viagens", é uma jornada através de diversos cenários e experiências. A autora leva o leitor a lugares distantes, reais e imaginários, através de versos que capturam a essência da aventura e do descobrimento. As ilustrações, neste caso, desempenham um papel crucial, oferecendo visões visuais de paisagens e culturas subjetivas que enriquecem a narrativa poética. A sensação de deslocamento e exploração é acentuada pela combinação harmoniosa entre texto e imagem.



Capítulo 4. Livro dos Acrósticos e Aforismos

Por fim, o "Livro dos Acrósticos e Aforismos" é uma seção que se destaca pela criatividade e pelo jogo com a forma poética. Os acrósticos oferecem uma estrutura formal onde cada letra de uma palavra-chave inicia uma nova linha de poesia, enquanto os aforismos fornecem reflexões concisas e impactantes. As ilustrações acompanham essas formas poéticas e explorando a estética da tipografia e a integração visual com o texto.

Considerações Finais

"Poesia é Pintura - Poemas Ilustrados" é uma obra que se destaca pela sua capacidade de combinar poesia e arte visual de maneira coesa e inovadora. Heloísa Helena Mapurunga de Miranda apresenta um trabalho que é tanto um deleite para os amantes da poesia quanto para aqueles que apreciam a arte visual. A interação entre texto e imagem enriquece a experiência de leitura, oferecendo múltiplas camadas de interpretação e apreciação. O livro é uma celebração do poder das palavras e das imagens para capturar e expressar a complexidade da experiência humana.


Ficha Técnica:


Autora: Heloísa Helena Mapurunga de Miranda

Ilustrações/Pinturas: Heloísa Helena Mapurunga de Miranda

Obra independente agraciada com a LEI Paulo Gustavo

Cidade/ano: Viçosa do Ceará/2024

Gênero: Poesia

Páginas: 83

Impressão: Sieart Gráfica e Editora.




quarta-feira, 1 de maio de 2024

Poema | Posdemia.


Imagem: Google
I

Luzes e enfeites,
A praça festeja sorrisos e cores
Aos abraços a rua vibra
O ar bate no peito
Com gosto de saudade...

O ano renasce... do casulo
Somos auto metamorfoses
Renascendo do ócio da Caverna de Platão.
Vamos além da imagem refletida na parede.
Quem somos?
Vamos!
Olha que dádiva esse esplendor de coisas...
E essa luz, foi sempre bela assim?

Silva, Marcello. 2020


II

E depois da tempestade
Vem sempre a harmonia
Não há mal que sempre dure
O bem ia vencer um dia
No entanto o passado
Serviu de aprendizado
Para viver a calmaria

Está na simplicidade
Essência de toda vida
E as coisas intangíveis
É o segredo da lida
O abraço do amigo
Que traz junto consigo
Uma alegria envolvida

Percebemos quão é belo
Nascer e o pôr do sol
Pescar nos igarapés
Ou ir jogar futebol
Sem rumo por aí sair
Pensamento esvair
Com as aves no arrebol

Valorizar cada detalhe:
 O afeto da nossa cria
Abraço de pai e mãe
Ao coração traz alegria
E respeitar os colegas
A ti amor não sonegas
Nessa vida posdemia.


SILVA, Marcello. 2020



terça-feira, 7 de março de 2023

Aos loucos de Pedras e Palavras | Atevaldo Rodrigues


O escritor chavalense Atevaldo Rodrigues prepara seu quarto livro de poesia que será lançado ainda este ano de 2023. Já demos uma lida, confira o que achamos:

Livro: Sobre Palavras e Pedras

Autor: Atevaldo Rodrigues

2023 (a ser lançado)

Aos loucos de Pedras e Palavras

Em seu quarto trabalho literário o escritor Atevaldo Rodrigues se consolida como um dos grandes poetas da nossa geração. Suas metáforas são comos pedradas nostálgicas que leva o leitor a refletir sobre coisas cotidianas percebidas e versadas pelo poeta com uma sutileza típica do autor.

"...Perder, eu fui aprendendo, com o tempo. / Lembro-me que quando perdi meu avô

/ Passei vários dias esperando que ele voltasse. / Que tudo era uma brincadeira..."

"Sobre Palavras e Pedras" é mais do que um livro simplesmente, é um instante, é um lugar, é o mundo metafórico e/ou metafísico de um poeta-menino que apesar de "ganhar" o mundo sempre volta à sua casa simples, à sua gente e a sua infância adormecida em sua memória. É como ser a palava que sangra da tinta ou o silêncio que adormece entrelinhas. Como diz o poeta: "...Da eterna sina de ser um só. / Quero ser palavra..."

Atevaldo Rodrigues traz em sua nova obra a sutileza e, ao mesmo tempo, a profundidade poética: "Quando eu morrer não deixarei pegadas fáceis, / Deixarei meus versos, apenas..."

O que é poeta? O que é poesia? Senão isto que nos provoca, assanha, acalma... Que emociona. Atevaldo é poeta como Manoel de Barros que canta as não-coisas, o vento, o pássaro e a saudade que mora na gente. "Sobre Palavras e Pedras" é um mundo para as crianças, os doidos ou estranhos que sofrem de poesia. "...Aos poetas, assim como aos loucos e às crianças, / É permitido ser qualquer coisa assim como árvore, pássaro ou pedra… / E não se exige atestado de insanidade. / Descobrir-me poeta foi a minha libertação."

Sugiro que leias Atevaldo Rodrigues, imediatamente.

Seus outros livros de poesia: Como se o céu fosse perto; Onde termina o Infinito; O mundo que carrego em mim.

Acompanhe o autor nas redes sociais: @atevaldorodriguesof


domingo, 15 de janeiro de 2023

Pela "Serragem" de Padinha



Livro: Serragem
Autor: Antônio de Pádua Marques Silva
Produção independente (Fabio Diagramação e Editora)
120 páginas
Ano: 2022

O escritor Parnaibano, Pádua Marques, tem um jeito peculiar de escrever, pois sua prosa é intensa e bastante descritiva. O trabalho de Antônio Pádua Marques ou "Padinha" para os íntimos) é uma prosa rica de modo que o leitor adentra o universo descrito pelo autor de uma forma singular.

Os personagens descrito por Padinha ganham vida de tal forma que se confunde com pessoas comuns da rotina interiorana de uma cidade pequena, por exemplo. Em Serragem, cidade fictício da obra, poderia ser uma cidade tão próxima quanto Parnaíba, poderia ser Luís Correia, poderia ser Chaval, etc. porque tem um pouco de nós em cada personagem, em cada cenário criado pelo autor. Esses personagens ganham vidas e passam a ser um companheiros do leitor durante a apreciação da obra.

Segundo o autor ele disse que "Quando escrevi este livro eu tinha certeza que estava realizando um sonho antigo, o de mostrar com palavras o movimento de uma cidade nordestina, com seus tipos comuns ou incomuns..."


Para o prefaciador, poeta Cavalho Filho "...Em Serragem existe uma grande preocupação com os personagens, o que se expressa nas descrições físicas, na exposição de seus hábitos, vícios e virtudes."

Nezinho Doido: quantos Nezinhos Doidos não existem em nosso meio. Zé do Periquito, personagem irreverente. Cabo Domingos do Apito, parece tão nosso... Carlota Miranda, Demóstenes Tavares, Zé do Avião, Sansão da Rua do Tapete, Manequim de Zulmira, Anacleto Mascarenhas, Betinho da Travessa, Ditinha Meneses, parece a gente: eu, você ou alguém  conhecido,  e é isso que autor tem de mais relevante:  construir seus personagens de modo que eles possam ser confundido com seus próprios leitores. Padinha é um mestre da prova.


SILVA, Marcello. 2023.





domingo, 8 de janeiro de 2023

Pelos "Estirões" de Benedito de Lima



Título: Estirões Retos e Gancheados
Autor: Benedito de Lima e Silva Filho
Sieart - Produção independente
247 páginas
Ano: 2022.

A a obra 'Estirões Reto e Gancheados" de Benedito de Lima e Silva Filho foi uma das melhores leitura que tive nos últimos meses, pois a obra apresenta uma riqueza descritiva impressionante. O autor nos blinda com uma prosa recheada de informações, ora pode ser fictícia, ora pode ser real. O que tem de realidade na obra ficcional do autor? É um trabalho que foge a qualquer nomenclatura, se é um texto autobiográfico se é um romance convencional... O autor também brinca com a temporalidade do texto, ora ele é criança, ora é adulto, noutra é adolescente e esse "brincar" na cronologia temporal dá uma particularidade ao texto do autor.

Para o prefaciador, o escritor e poeta Valdir Ferreira Lima, "...a narrativa começa em muitos lugares, sendo interrompida, para continuar lá na frente, como se fossem afluentes, circuitos gancheados se juntando ao Parnaíba, o rio memorável que dá nome a cidade onde mora o autor"

Benedito de Lima nos leva a revisitar uma Parnaíba antiga, um Bairro São José com suas vielas e barros, com sua gente e personagens reais vou não. Na orelha da obra O autor se definiu

"Sou da Vala sou da Quarenta
Sou do São José 
Sou da Santa casa que mija em mim
Sou do porto de todas as barcas 
De amores sem fim 
Sou dos Tucuns 
Do cabarés da Brasília
Com casa simples e porcas
De mulheres feias e tristes
Que viviam bêbadas...
(...)"

De fato um trabalho diferente porque mistura realidade e ficção, autobiografia e romance, causo, história.... Por vez ficamos a questionar Será que é o Bené (carinhosamente chamado pelos conhecidos) ou é um personagem. E agora quem está falando? O certo é que a gente acaba embarcando nessa aventura atemporal de ir e vir nesses Estirões Retos e gancheados de Bené. 

SILVA, Marcello. 2023.








sábado, 7 de janeiro de 2023

Cálida Timidez de Flávia Valois



Título: Cálida Timidez: quando uma pessoa introvertida grita no papel.
Autora: Flávia Valois
Editora: Arcadia
182 página
Ano: 2022

Esta obra é deliciosa de se degustar, uma prosa, às vezes tão poética e outra tão descritiva e humanamente voraz. São crônicas? são contos? são poemas? o que importa agora se o principal objetivo se atinge quando o leitor se sente parte do texto, se identificando nas linhas.

O livro se divide em três partes (1° - das impressões; 2° - das expressões; 3° - das (in)certezas ) e traz temáticas universais, no entanto, adaptada ao jeito peculiar de escrever da autora (parece que ela coloca o coração na caneta) que transborda em linhas e entrelinhas

Para prefaciadora Célia Santos "...um eu questionador tece obra. Um eu que reflete a respeito de tudo que o cerca". Já para Sara Lima, leitora Beta, "Cálida timidez tem tanto de Flávia e de poesia que como leitora me perco onde um começa e a outra termina"


Cecília, Aurora, Laura, Nina, Beatriz, Maia, etc. algumas personagens femininas ganham vozes e grita no papel, seria a própria autora? no texto "Feéricos perdidos do século XXI" a autora escreve "cada conto, crônica, poema e romance possui um sentido único. Mesmo misturados ao que somos, como personalidade, gostos e sonhos, as letras acabam adquirindo uma marca e identidade bem própria"

Como poeta fiquei extasiado (admirado) com o texto "feéricos e incompreendidos" pois se trata de um poema certeiro que penetra a alma da gente, além da poética há algo de filosófico no texto "em nós, estão os arames farpados do cotidiano / como desviar?"

Por fim, são textos que merecem inúmeras revisitações e em cada um delas se revela uma cálida timidez que grita no papel: lágrimas, sangue e esperança.

SILVA, Marcello. 2023

O Cupido que foi Flechado | por Eriedna da Hora



Título: O Cupido Que Foi Flechado
Autora: Eriedna da Hora
Produção independente (Plataforma UICLAP)
Livro de bolso (12x17 cm) e 30 páginas
Ano 2022.

Uma leitura rápida enquanto degustamos uma xícara de café e o aroma da tarde, apesar de curta é uma história interessante, pois nos provoca e nos leva a reflexão, tirando do lugar comum, da 'coisa certinha' afinal a temática amor sempre nos leva além.

Assim o enredo da história nos traz Gabriel, um cupido tradicional em seu dever convencional de unir casais, mas algo inusitado acontece (o título denuncia) quando ele conhece Isabela e, a partir disto, tudo sai do script do cupido.

Intriga, paixão, dilema, etc, essa breve história nos proporciona e no final a autora permite que o leitor construa seu próprio fim e isto eu gostei demais, já inventei uns dez.

SILVA, Marcello

quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Menino Quindins, homem Alemberg | Livro "Poemas HQ"


Ha uma subjetividade na arte que nenhum ser humano foi capaz de descrever (aprisionar) até hoje. Algo que emana da alma de quem produz e deságua na alma de quem consome a tal arte. Um misto de "sei-la-o-que" com uma vontade de sorrir, chorar, sentir-se parte daquilo como se aquilo fosse nossa própria essência existencial naquele instante. Assim me senti ao apreciar O livro POEMAS HQ do escritor, artista plástico e pesquisador Alemberg Quindins de Nova Olinda, Ceará.


A obra apresenta, através das palavras e imagens, as travessias da vida de Alemberg que, se intencional ou não, também nos leva a percorrer seus passos, seus caminhos e suas observações poéticas nesse trilhar. Suas lembranças são facas ágeis que brinca com a pele da poesia, sangrando a derme das metáforas. 

O MENINO QUE LIA O TEMPO

O menino que lia o tempo 
Não tinha tempo pra ler 
Corria os dedos sob a janela 
Todos os dias ao amanhecer 
E no espaço entre uma linha e outra 
Abria a porta para o tempo ter 
O menino que lia o tempo 
Só tinha o tempo todo pra ler 
E todo tempo que ele tinha 
O livro do tempo queria ver 
E o tempo levou o livro 
E o menino que o tempo queria ler.

                                             QUINDINS, Alemberg 

Há poesias nas palavras, há poesias nas imagens e há, principalmente, poesia no silêncio oculto entre as páginas, como se algo/alguém habitasse ali, de tocaia, uma subjetividade, uma saudade que transmigra para quem l(v)er a obra com o coração. "Quando chegar meus cabelos brancos lembrarei de ti / Olharei a minha imagem e é como se os meus olhos fossem os seus ..."

De quantos mundos vem o autor ou para onde vai seu voo rasante? Andarilhos por mil caminhos? De quantos pedaços é feito? "Eu vim de um mundão! / E de taquin in taquin / Remendando meus cadin / Costurando meus cadão..." 


O livro "Poemas HQ" tem o formato de bolso (10x15cm), capa dura e segundo Alemberg o "processo criativo foi construído de forma artesanalmente digital, a partir dos recursos disponíveis no celular, tais como a câmera, aplicativos de efeitos e anotações, em um processo de construção semelhante ao que eu fazia quando criança com os restos de papéis e toscos lápis de cores, para dar forma às coisas que nasciam em minha imaginação."

Para a produtora Neyci Sotero "o fio inicial da narrativa nasce dos relatos de sua mãe sobre sua infância no Cariri perpassando por sua adolescência como retirante entre o parque do Araguaia e a Amazônia legal seguindo pelos seus amores e desamores nas estradas do mundo até o seu retorno como árvore do lugar à Chapada do Araripe para ver frutificar o seu plantio"

Por fim, são inúmeras as observações e percepções que surgem depois de degustar esta obra. Em resumo, em me sentir próximo do autor como se sua trajetória e travessias se passasse ao meu lado enquanto escrevo um poema com um título talvez, "Alemberg O Grande"

O projeto "Poemas HQ" foi selecionado no XII Edital de Incentivo às Artes e tem o apoio cultural do Governo do Estado do Ceará por meio da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará.



Quem é Alemberg Quindins

Pesquisador, músico, empreendedor social, escritor e artista plástico autodidata e criou em 1992, junto com sua companheira Rosiane Limaverde, a Fundação Casa Grande - Memorial do Homem Kariri na cidade de Nova Olinda, Ceará.

Recebeu comendas de Cavaleiro na Ordem do Mérito Cultural pelo Ministério da Cultura do Brasil (2004), Medalha do Mérito da Farroupilha pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul – (2007), Comenda João Luiz Ramalho de Oliveira pelo Sistema Fecomércio Ceará (2014), Medalha da Abolição pelo Governo do Estado do Ceará (2017), Título de Dr. Honoris Causa em Ciências Sociais pela Universidade Regional do Cariri – URCA (2018) e Título de Notório Saber em Cultura Popular pela Universidade Federal do Ceará (2019).

Como consultor da Unicef participou da criação dos programas de rádio de criança para criança junto às rádios nacionais de Angola e Moçambique.. Foi gerente de cultura do SESC Rio de Janeiro (2018) e atualmente é assessor de relações institucionais do SESC Ceará.

Foi professor do Curso de Pós-graduação em Gestão Cultural Contemporânea do Itaú Cultural e Instituto Singularidades (2017 – 2019) e é professor do Curso de Pós-graduação Latu Sensu em Arqueologia Social Inclusiva pela Universidade Regional do Cariri - URCA e Investigador do Centro de Estudos em Arqueologia, Artes e Ciências do Patrimônio – CEAACP da Universidade de Coimbra – Portugal.

terça-feira, 29 de novembro de 2022

Em seu novo livro Marcello Silva poetiza sua gente e seus sertões


O escritor Marcello Silva lançará seu terceiro livro solo: 'Na Garganta Um Sertão Enjaulado', obra premiada (3° lugar poesia) pela Biblioteca Pública do Paraná em 2021.

'Na Garganta Um Sertão Enjaulado' é um livro-memória dos que já partiram e dos que ainda virão, vagantes e andantes por estes sertões: homens, mulheres, crianças, fantasmas, lobisomens, etc. O autor buscou em suas memórias afetivas lembranças de vivências e estórias ouvidas pelos anciãos da comunidade e transformou a trajetória de sua gente e de sua terra em poesia. Ler esta obra é como ouvir o som do vento noturno mexendo com as palhas da Carnaúba enquanto a caipora passa assoviando para o Rio Ubatuba.

Para o prefaciador, poeta Diego Mendes Sousa, "Marcello Silva opera com a intertextualidade, com ideias de Graciliano Ramos e de Euclides da Cunha (baleia graciliana tão comum por aqui ou todo sertanejo é antes de tudo sertanejo) e com máximas populares, como esse sertão já foi mar. Arrojado e sucedido, ele funda a sua cidade, o seu lugar perdido na voragem do Brasil"

O obra é uma produção independente e tem o projeto gráfico, ilustrações e capa assinados pelo escritor Adriano Lobão Aragão.

'Na Garganta Um Sertão Enjaulado' será lançado agora em dezembro tanto em Chaval/CE quanto em Parnaíba/PI com data e local a definir.

Site Chavalzada
www.chavalzada.com 

quarta-feira, 27 de abril de 2022

Lançado "1º Prêmio Candango de Literatura" em Brasília


O Prêmio Candango de Literatura foi criado para enaltecer as manifestações literárias em todos os países lusófonos e difundir a riqueza e diversidade da língua portuguesa. A premiação foi instituída pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (SECEC) do Distrito Federal, tendo como responsável-gestor o Instituto Cultural Casa de Autores, que atua promovendo a criação literária em seus mais diversos gêneros.

A figura do Candango, escolhida como símbolo desta iniciativa, nasce a partir da confluência de culturas que se encontraram em Brasília para a construção da nova Capital. A união destas vivências cunhou essa identidade, que historicamente traça laços com outros povos de língua portuguesa como: Portugal, Guiné-Bissau, Angola, Cabo Verde, Moçambique, Timor Leste, São Tomé e Príncipe, Guiné Equatorial.

Por meio do Prêmio Candango de Literatura, busca-se reforçar o intercâmbio entre escritores, leitores, livreiros e editores, consolidando e expandindo o mercado do livro em português.

REGULAMENTO

O 1º Prêmio Candango de Literatura destina-se à premiação de 6 (seis) obras literárias (livros), escritas em língua portuguesa, editadas e comercializadas em qualquer dos Países da Comunidade Lusófona no ano de 2021, nas seguintes categorias:


Melhor Romance;
Melhor Livro de Poesia;
Melhor Livro de Contos;
Melhor Livro de Autor Residente no Distrito Federal;
Melhor Capa;
Melhor Projeto Gráfico;
Além disso, serão premiados dois projetos que visem incentivar a leitura:
Melhor Iniciativa de Incentivo à Leitura (Geral);
Melhor Iniciativa de Incentivo à Leitura (PcD/Pessoa com Deficiência).

Os vencedores das categorias de Melhor Romance, Livro de Poesia, Livro de Contos e Autor Residente no DF receberão o equivalente a R$ 30.000,00 (trinta mil reais) cada. Para as categorias Melhor Capa e Projeto Gráfico o valor será de R$ 12.000,00 (doze mil reais), e de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) para as categorias Melhor Iniciativa de Incentivo à Leitura Geral e PCD.

As inscrições são gratuitas e deverão ser realizadas do dia 27 de abril ao dia 26 de maio de 2022.

Leia o edital completo para saber de todas as condições.



sábado, 19 de fevereiro de 2022

Semana de 22 | O romper de uma aurora.

 


A semana de Arte Moderna, ocorrida entre os dias 13 e 18 de fevereiro de 1922 em São Paulo, foi um grito artístico que até hoje, cem anos depois, ainda o ouvimos. Que rompeu com a “estética artística” da burguesia europeia e deu liberdade às mais variadas manifestações de arte.

O que seria de nós, hoje, sem esse rompimento de outrora? Subserviente ainda ao crivo europeu de fazer, ver e sentir a arte? Mas o que é arte? O que é literatura? O que é poesia? Mato a paulada (metaforicamente) aquele/ela que tenta definir e, secamente, limitar em palavra ou gesto essa coisa que vai além. Parafraseando Mario Quintana, que a arte/poesia não se entregue a quem a definir.

O romper da aurora tupiniquim que é um clarão que liberta, mas também incomoda a elite, o tradicional, o conservador preso a idade média das ideias.

Salve Anita Malfatti, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Di Cavalcanti, Menotti Del Picchia, Victor Brecheret, Heitor Villa-Lobos, dentre outro e tantos pela proposta transformadora da visão artística brasileira a partir de uma estética mais voltada aos aspectos nacionais, evocando assim, o entusiasmo a brasilidade na arte e substituindo o academicismo pela livre expressão modernista.

Salve, nova aurora. Liberdade é o nosso nome, ontem, hoje e além!

 

SILVA, Marcello.

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