quinta-feira, 19 de abril de 2018
Prisioneiro do tempo
Agregado as correntes das horas
Sou escravo do pêndulo do meu relógio
Obediente ao comando do tic-tac... Rouco e lento
Feito passos de solidão adentrando as fracas lembranças humanas
Desperto-me na existência
Como de um sono breve e melancólico
Por mim passam faces e corpos
Quão belas mulheres, cujos passos não descrevo
E cujas bocas ingerem -me a inspiração.
Portanto, calo-me.
O que faço apegado á monotonia dos minutos,
Fragmentos do meu dia, quieto e igual a outros tantos?
SILVA, Marcello. 2018
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