quarta-feira, 8 de novembro de 2017
Entre túmulos mataram a saudade
No epitáfio das paixões avassaladoras,
Antes que morra o amor-menino, prematuro,
Assassinaram a nostalgia a golpes quentes de beijos e abraços.
Descansam ali, amantes dos vagos tempos de outrora
Na lápide desbotada, o resumo de quem foram:
Ninguém, senão poetas!
Viveram na brevidade do eterno por alguns minutos
O que não basta para saciar o desejo de possuir a infinitude
Do abraço do outro. Não basta!
Velas. Flores. Crucifixos. Sepulturas.
Que os mortos perdoem os invasores,
Pois os vivos, certamente, não perdoarão.
Pater noster, qui es in caelis: Sanctificétur nomen tuum.
SILVA, Marcello. 2017
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