quarta-feira, 24 de junho de 2015

As três meninas

Não sei qual das três é a mais menina, tão faceiras assim, como poderei diferencia-las? Três mulheres e algo em comum, não sei é a “covinha” do rosto ou o jeito simples de andar. As duas meninas menores é a quarta geração, contada a partir da menina maior. Entretanto, entre elas, duas outras gerações de ‘Marias’ completa o ciclo.


Quantas mudanças nesse, quase, um século de diferença entre elas. No entanto, alguma coisa permanece como sempre e sempre permanecerá assim. E como permitir um diálogo entre elas sem notar o choque de geração? Inevitável. Uma faz paçoca de torresmo no pilão de pau d’arco e as outras ingerem achocolatado industrializado; uma brincou de boneca-de-pano e a outras duas brincam em aplicativos de tablet e smartphones; uma não teve oportunidade de estudar, as outras já querem aprender inglês.

Mundo, vasto mundo, em que volta agora tu estás?! A menina mais velha transborda sabedoria, as meninas mais novas tem sede de conhecimento. Como chegar a um acordo ou o que dizer a elas? Não, é São Jorge matando o dragão! Não, são crateras causadas por meteoritos! Sim, lobisomens existem! Não, lobisomens não existem, isto é lenda!

Enquanto isto, degusto meu café feito por uma das ‘Marias’, cuja essência, é repassada de geração em geração do princípio à eternidade...


*Dedicado a Maria da Conceição, Maria Cecília e Alessandra

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