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sábado, 29 de abril de 2017


sexta-feira, 7 de abril de 2017

Escritor Marcello Silva participa do 4º Festival de Literatura e Artes Literárias.


Agora em abril de 2017, o escritor chavalense Marcello Silva, autor do livro "O Pescador", participa da quarta edição do FESTIVAL DE LITERATURA E ARTES LITERÁRIAS, ou FLAL (Arte e Estilo), com a participação de 165 autores distribuídos em 220 vagas de bate-papos e entrevistas. O evento é online e iniciou em 1 º de abril e tem a duração de 10 semanas. O público poderá conversar e fazer perguntas em dias e horários específicos para cada um deles. A bate-papo com Marcello Silva será dia 22/04/2017 ás 18h50min. e a entrevista será entre os dias 10 e 11 de maio às 14 h.




Sobre o 4 º FLAL (Arte e Estilo)

O evento totalmente online, grátis e será separado por temáticas. Terá concurso de textos, entrevistas, Quiz literário e debates. Com atividades de interação, brindes, prêmios, dentre outros

O evento é organizado por uma equipe de 10 pessoas em trabalho voluntários: Luiz Amato, Ironi Jaeger, Nell Morato, Daniela Garcia, Elizabeth Machado, Luana Karoliny, Nanci Penna, Lizi Reis, Natali Felix e Roberta de Souza 


Conheça o FLAL - Festival de Literatura e Artes Literárias, em sua 4° Edição - Arte e Estilo na página do evento.

Participe!

https://www.facebook.com/events/1882855601936542/?active_tab=discussion

quarta-feira, 8 de março de 2017

Mil Faces (As mulheres que não vi)



Quantas mulheres se escondem em uma só?
Quantos gritos resumidos, em um único gemido?


Mulheres que não vi
Escondidas sob uma única pele
Detrás de dois olhos apenas.
Quantas personalidades, jeitos, andares,
Olhares… Num único corpo.


Quantas faces!


Amar sob pressão do ódio
Odiar por tanto amar tanto
No entanto
Nunca amar.


Dentro de uma bela reside uma fera
Uma cinderela, branca de neve
Pequena sereia…
Ainda que astutas, também adormecidas


Quantas personagens sem nome!
Quantas vozes caladas!
Quantos caminhos não percorridos,


Roteiros incertos!


Quantas faces!


Quantas utopias esquecidas,
Amores roubados.
Quantas mulheres morrem
Dentro de uma única, sem terem sido, sequer notadas?

SILVA, Marcello. O Pescador. 1ª ed. Chiado Editora, 2015.
Ilustração: Frank Carneiro.


sábado, 25 de fevereiro de 2017

Os 5 principais prêmios literários do Brasil


Os prêmios podem ser considerados uma retribuição em dinheiro ou objeto de valor, por serviço prestado, uma recompensa ou remuneração. Mas também é uma distinção conferida a alguém que se destaca por méritos, feitos ou trabalhos.

No mundo literário prêmios foram criados para estimular a escrita criativa e valorizar os melhores livros e autores. Nem sempre de forma justa aos olhos dos concorrentes mas, na maioria, as premiações refletem os trabalhos relevantes de um determinado período ou ano, e um corpo de jurados trata, com imparcialidade, das avaliações dos inscritos.

Preparamos uma lista dos principais prêmios nacionais previstos para 2017, para que você possa já se preparar. E, mesmo para aqueles que ainda não publicaram sua obra, ainda dá tempo. Lembrando que as datas e prazos não são fixas, podendo ser alteradas e que não há também garantia de continuidade (exemplo do Prêmio Portugal Telecom, substituído em 2015 pelo Prêmio Oceanos).

Prêmio Sesc de Literatura | Promovido pelo Serviço Social do Comércio, premia anualmente obras inéditas nas categorias Conto e Romance, destinadas ao público adulto, escritas em língua portuguesa, por autores brasileiros ou estrangeiros, residentes no Brasil.

Prêmio São Paulo de Literatura | Criado em 2008 pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo difunde e valoriza a leitura. Seleciona anualmente os melhores livros de ficção, no gênero romance, escritos em língua portuguesa, originalmente editados e publicados no Brasil no ano anterior.

Prêmio Oceanos | A partir de 2015 o Prêmio Portugal Telecom de Literatura foi cancelado pelos antigos patrocinadores, passando a ser chamado de Oceanos – Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa (hoje patrocinado pelo Itaú Cultural). A premiação é focada nas obras de poesia, prosa e crônicas em língua portuguesa.

Prêmio Jabuti | Conhecido como o “oscar” da Literatura, o Jabuti (organizado pela Câmara Brasileira do Livro) lançará a sua 60ª edição e é, sem dúvida, o mais tradicional e antigo prêmio literário brasileiro, desde a sua primeira edição em 1959.

Prêmio Fundação Biblioteca Nacional | Também é anual e premia autores, tradutores e projetistas gráficos brasileiros em nove categorias: poesia, romance, conto, ensaio social, ensaio literário, tradução, projeto gráfico, literatura infantil e literatura juvenil.

Os prêmios literários são uma ótima oportunidade para divulgar a literatura, os temas pertinentes, conhecer novos escritores e obras. E para você, que sabe que tem um bom trabalho em mãos, “Mãos à Obra!”

Fonte: Blog do Editor. Link (AQUI)


sábado, 18 de fevereiro de 2017

Não se esqueçam da Rosa



Não se esqueça da rosa
Não a “rosa viniciana”; não a rosa do jardim Botânico
Não a rosa do Parque Ibirapuera nem tampouco a rosa do Éden,
Mas a rosa que nasceu em teu quintal
Entre a cerca caída e o muro mal rebocado sob
Entulhos e lixos jogados.

Não se esqueça da rosa,
Plácida, incolor e insípida
O que importa sua cor ou seu cheiro?
Necessário é entender o porquê de seu nascer repentino.

Não se esqueça da rosa
Que com ela trouxe esperança , sentido novo,
Caminho diferente para que tu agora siga
Retilíneo a tua vitória.

SILVA, Marcello. 2017

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Crônica | Preso o maior assassino de “corrente de internet”


Foi preso na manhã desta quarta-feira, na região central da cidade, José Otariano Verídico mais conhecido como “Zé Delete”. Sobre o dito-cujo, recaem inúmeras acusações: segundo a polícia local, são mais de cem assassinatos de “correntes da web” só este ano. Estivemos na delegacia e fizemos uma entrevista exclusiva com Zé Delete. Confira a conversa na íntegra:

Reportagem: Segundo o delegado, você é acusado de assassinar “correntes na internet”, procede?

Zé Delete: Sim, senhor! Sou eu mesmo. Sou bicho ruim.

Reportagem: Como começou essa vida de assassino? A primeira vez que você deletou uma corrente de internet ?

ZD: Faz tempo, senhor! Comecei no e-mail. Todo dia recebia e repassava. Teve um dia que o meu ‘PC’ “deu pau” e não repassei o e-mail que era sobre um cara que tinha caído no tanque da fábrica da coca-cola e tinha ficado todo corroído. Enfim, aquilo me deu náuseas.

Reportagem: E o que aconteceu a partir daí?

ZD: Fiquei apreensivo por não avisar os amigos. Andei pensativo pela cidade. Entrei no primeiro bar e bebi  um porre de coca-cola. Não aconteceu nada. Me senti  livre e desde então virei vida louca. Deleto tudo... Não repasso...

Reportagem: Continue Sr. Verídico...

ZD: Verídico é o c@r@lh*, meu nome é Zé Delete...

Reportagem:  Ok , ok... Continue.

ZD: Pois é... Comecei a matar as correntes. Matei aquela da agulha contaminada no cinema com vírus da AIDS... Aquela outra para salvar as baleias do Atlântico... Sem remorsos.

Reportagem: Mas você passou do e-mail para as redes sociais, não é isso?

ZD: Sim, sim. Foi quando apareceu o Orkut. Não divulguei a comunidade da campanha em prol da operação urgente da Silvinha que só tinha dois meses de vida, etc. Depois veio o Facebook e aí aumentou os assassinatos. Já sei que vou pro inferno por não “curtir”, “compartilhar” e nem comentei “amém” na postagem de uma foto que tinha Jesus  e outro moço de chifres. Preferi “só olha” e “ignora”. Também não compartilhei a imagem de uma garotinha que possuía “lapitospira’ que a cada compartilhamento, o Facebook doaria 10 centavos à família da criança... Enfim, são tantas correntes delatadas e ignoradas.

Reportagem: Mas seus índices de assassinatos aumentaram agora com o surgimento do Whatsapp, correto?

ZD: É verdade. Com o avanço da tecnologia aumentou também o número de idiotas que repassam. Fazer o que né?! Só aumenta minha ficha criminal (risos)

Reportagem: Lembra algum assassinato de corrente pelo WhatsApp?

ZD: Com certeza, senhor! São vários né... Tem aquela da capivara maconheira; do “hoje é o dia nacional da admiro você” que tinha que compartilhar com 20 amigos; o da batalha dos anjos contra as forças do mal que é pra compartilhar com 15 amigos pra forças do bem vencer;  tem aquela que compartilhando, a bateria do celular iria carregar automaticamente ou ganharia créditos da operadoras de telefonia... Tem a Buda sorridente para receber dinheiro... Enfim.

Reportagem: E como vai ser para sair dessa...?

ZD: Sou Zé Delete, tio. Vou sair daqui e vou voltar “pro corre”. Deletar, ignorar, deletar... Nasci pra isso...

Nota: Ao final da reportagem o delegado responsável nos informou que a situação de Zé Delete é grave, entretanto, a defesa já havia entrado com pedido de habeas corpus  e ele, provavelmente, aguardará o julgamento em liberdade. Enquanto isso nossa sociedade de alienados estará a mercê  de uma fora da lei de alta periculosidade (sapiência) como Zé Delete. Não podemos deixar isto acontecer. Sendo assim, curta, comente e compartilhe esse post até chegar às autoridade competentes. A cada curtida será doado 10 reais para pagar advogado de acusação de Zé Delete. Não se esqueça de digitar “Amém”.



SILVA, Marcello. 2016

P.S.: "esta é uma obra de ficção baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade"

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016


Biografia | Marcello Silva


Marcello Silva é bacharel em Contabilidade (UFPI)


Estudante de Direito (UESPI).


Autor do livro de poesias "O Pescador"(Chiado Editora).


Participou do projeto literário “Enredado”(Editora Vidráguas).


Editor dos blog: Chavalzada

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Cordel à Chaval - Ilha de Pedra



SIMPLESMENTE CHAVAL


Surgida no acaso dos anos
A princesinha do litoral
Posta entre rios e marés
Cidade da pedra e do sal 
Eis a irreverente e ilustre 
Eis a pequena Chaval. 


A origem do seu nome é um enigma 
Mistério que ninguém desvenda 
Uns dizem que é devido ás chaves 
Achadas que se tornou lenda
Outros afirmam ser palavra francesa 
Que traduzindo quer dizer fazenda


Ao final do século dezenove 
Chegaram os primeiros povoadores 
Vindo de Ibuassú toda família 
Carneiro Cunha e servidores 
Sendo de Chaval, portanto 
Os primeiros moradores 


Descendente dessa mesma família 
Veio da cidade o fundador 
José Carneiro da Cunha 
De título chamado Monsenhor 
Homem de fé em bons princípios 
Que mostrou a nossa gente seu valor 


Mil novecentos e cinquenta e um 
Se deu sua emancipação
Em vinte e dois de novembro
Politicamente sua “libertação” 
Francisco Thieres Carneiro 
O primeiro prefeito na ocasião 


Geograficamente está situada 
Ao extremo norte do Ceará
Tendo Luis Correia a oeste 
A leste Barroquinha lá está 
Ao sul o município de Granja 
Ao norte as águas calmas do mar. 


São mais de *doze mil habitantes 
Segundo o último censo populacional 
**Duzentos e trinta quilômetros quadrados 
É a sua extensão territorial 
***Quatrocentos e vinte mil metros 
Distante de nossa capital 


São mais de vinte localidades 
Ao longo de sua extensão 
Distrito é só Passagem dos Vaz 
Porém, tem Carneiro, Jatobá, Poção 
Vereda, Pau D’arco, Retiro, Malhada D’areia 
Nova Olinda, Mucambo, São Paulo, Japão... 


Pontos turísticos aqui existem 
São bonitos por natureza 
Tem o Caldeirão, Pedra da Santa 
Açude Itaúna com sua profundeza 
Tem os postos da Missa e do Mosquito 
Da ****Carnaúba a vista é uma beleza 


Sua cultura resiste ao tempo 
Ela é rica e diversificada 
Temos lendas, comidas típicas 
Festas juninas e vaquejadas 
Dançamos capoeira, bumba meu boi. 
A tradição, assim é preservada. 


Tens um povo de muita fé 
Variadas religiões para adorar 
Têm católicos e evangélicos 
Terreiro de Ogum e Iemanjá 
Tem umbanda e espiritismo 
E alguns Testemunhos de Jeová. 


Sua vegetação é basicamente 
A caatinga e manguezais 
Clima quente, alto grau 
Muito calor por aqui faz 
Quando inverno a coisa muda 
Chove que não para mais 


A economia gira em torno 
Da agricultura e extração de sal 
Também atacado e varejo 
Pecuária e pesca artesanal 
Ainda temos em complemento 
Feira livre, comercio informal. 


Eis, portanto, Chaval 
Em evolução e crescimento 
Sendo beijada pelas marés 
Ao passar contínuo do tempo 
Sustenta grande esperança 
Em busca do desenvolvimento.


OBS:
* - 12. 617 habitante
** - 238 km2 de extensão
*** - 425 km de Fortaleza
**** - Pedra da Carnaúba com 100 m de altura




quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Crônica | Dona Birica


(à Vó Birica)

“Ah meu filho, estou muito cansada...” é a frase dela mais usual, ultimamente, depois de ter “criado” doze filhos, além de cinco outros que morreram antes de completar um ano de idade. E ainda ajudou a matriarca dos Araújos a ‘criar’ o seus.
Seu nome é Maria, igual a tantas outras ‘Marias da Conceição’. O Silva é o detalhe que a torna de aço. Ela casou aos quinze anos, ficou viúva aos sessenta e em sua vida, incorporou uma heroína digna dos melhores roteiros hollywoodianos.
Hoje, aos 83 anos, 12 filhos, 37 netos e 48 bisnetos, ela contempla o silencio enquanto espera a água ferver para seu café mágico. Cansada e dolorida, mas, inquieta. Levanta ás cinco horas da manhã para seus afazeres domésticos. Por vez, desconfio que não seja humana: como pode tal bravura?
Seu corpo, de que matéria é constituído? Cada cabelo branco e cada ruga em seu rosto é uma página da vida, uma lição aprendida, cuja experiência foi preciso cravar na pele para que outrem, ao observar, também aprenda que a vida, para ter sentido, é preciso ser construída de desafios, batalhas e obstáculos quase intransponíveis.
De tudo, o que mais admiro é seu silencio que me cortam as metáforas... Aquele olhar para o vazio que esconde mistérios que jamais decifrarei. Não sei o que pensa. Se sente saudades de ontem ou se sonha com o amanhã.
Enquanto isso, o café já está pronto e ele tem gosto de flores e cheiro de fadas. Acho que, um pouco da sua essência, escapa em tudo que ela faz.


SILVA, Marcello. O Pescador. Chiado Editora, 2015. 102 p.

P.S.: Dona Birica faleceu último dia 09 (Novembro de 2016)

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Poema | Superlua


Imagem: Sergei Grits/ AP



Tocou-me uma lua cheia
Quando eu, inebriado de amor,
No Porto das Canoas adormecia.

O que mais deseja um homem apaixonado,
Senão uma 'superlua' cheia?
Eu no discurso derradeiro calo-me.
Posto entre amigos e inimigos observo-os.
Se carrego em mim dez segredo grudados à Pele
Escondo-os sob a intensa melanina...

'Lua chavalense' que aqueceu a alma amante,
Por um instante, do meu triste poema .